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Valor Econômico | Brasil não deve se envolver em “cizânia geopolítica” na cúpula do G20, recomenda Tony Blair

Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Para ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Brasil terá mais sucesso se escolher um ou dois temas relevantes sobre os quais seja possível chegar a um consenso

O Brasil poderá colher resultados positivos de sua participação na cúpula dos chefes de Estado do G20, prevista para acontecer no Rio de Janeiro, em 2024, se escolher um ou dois temas relevantes sobre os quais seja possível chegar a um consenso ao invés de embarcar nas discussões sobre como solucionar a “grande cizânia geopolítica” decorrente das das tensões entre Estados Unidos e China e da invasão da Ucrânia pela Rússia. A recomendação foi feita nesta quinta-feira (31) pelo ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair, durante painel na Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, em Belém.

Na visão de Blair, primeiro-ministro trabalhista que mais tempo ficou no cargo, o G7 (grupo das sete maiores economias do mundo) consegue manter um consenso em torno dos principais temas que discute, mas não é representativo da ordem global. “Temos uma grande cizânia geopolítica global. O G20 é representativo, mas se encontra fragmentado”, comparou Blair, durante o evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). A fra

Nesse contexto, o Brasil pode ser bem-sucedido na reunião do G20 agendada para o próximo ano se propuser soluções relacionadas ao combate às mudanças climáticas e à saúde global, exemplificou o político trabalhista. “Eu não tentaria entrar na solução de grandes questões geopolíticas”, sugeriu Blair.

Para o ex-primeiro-ministro, Estados Unidos, China e (possivelmente) Índia são “gigantes” em termos geopolíticos, enquanto Brasil, México e Indonésia podem ser classificados como países “grandes”. A Grã-Bretanha, na análise dele, seria um país médio. Dentro dessa lógica, para “sentar à mesa” com os gigantes, os outros países precisariam se associar, formando blocos. “Como um bloco, você pode sentar à mesa principal”, disse ele, ressaltando que o Brasil é o país mais poderoso da América Latina.

Perguntado se estaria disposto a disputar novamente o posto de primeiro-ministro nas eleições do próximo ano, conforme chegou a ser veiculado na imprensa britânica, Blair negou essa possibilidade.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2023/08/31/brasil-nao-deve-se-envolver-em-cizania-geopolitica-na-cupula-do-g20-recomenda-tony-blair.ghtml

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